Meio Ambiente
Minas Gerais realiza inventário de áreas contaminadas e reabilitadas
A Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (Feam) realizou um estudo que mapeou as áreas contaminadas e reabilitadas do estado. O inventário registrou que existem 642 locais com estas características no território mineiro. O processo de contaminação e reabilitação ocorreu em 170 municípios de Minas Gerais. As maiores ocorrências estão nos municípios de Belo Horizonte, Betim, Paracatu, Juiz de Fora e Uberaba. Betim destaca-se pelo número expressivo de atividades efetivamente ou potencialmente poluidoras.
Os principais contaminantes encontrados são os compostos orgânicos, com destaque para os hidrocarbonatos aromáticos (BTEX – benzeno, tolueno, etilbenzeno e xileno) e os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), encontrados principalmente em combustíveis e derivados de petróleo, incluídos solventes, óleos e graxas. Em seguida, estão as contaminações por metais, presente em 28% dos casos.
O estudo também registrou que o maior número de empreendimentos corresponde a postos de combustíveis, incluindo o comércio varejista de combustíveis e revendedores de gasolina, álcool e diesel. Os grupos de atividades econômicas importantes como a indústria metalúrgica (10%) e o transporte ferroviário (7%) ocuparam o segundo e terceiro lugar respectivamente. Belo Horizonte registra 198 áreas cadastradas, correspondente a 31% do total.
A maior parte das contaminações está associada a vazamentos ou infiltrações de produtos no solo e subsolo, o que condiz também com as contaminações mais comuns advindas dos postos de combustíveis. Em seguida, há a lixiviação/percolação de resíduos dispostos inadequadamente. Poucos casos resultam de dispersão atmosférica de poluentes e de lançamento direto de efluentes no solo/subsolo.
As áreas contaminadas em Minas Gerais estão em diferentes fases de gerenciamento sendo que 35% delas estão sendo monitoradas para reabilitação, 20% já foram reabilitadas, 19% estão em fase de intervenção e remediação, 13% em investigação detalhada e avaliação de risco, 12% em fase de investigação confirmatória e 1% em fase de projeto de intervenção.
Fonte: O Eco