“Por que não jogar nosso lixo em vulcões ativos? Alguém tem certeza do que iria acontecer?”. Resolvemos ir atrás dessa intrigante pergunta.

A princípio, parece ser uma solução óbvia para o acúmulo de lixo das grandes metrópoles. Para você ter uma ideia, são produzidos cerca de 250 mil toneladas de lixo por dia em todo o Brasil. Anualmente, são quase 100 milhões de toneladas! No mundo todo, estima-se em 1,3 bilhão de toneladas de resíduos todos os anos. É muita coisa, não acham?

O primeiro problema seria transportar todo esse lixo para os vulcões ativos. Aqui no Brasil não temos nenhum – já pensou em termos que exportar isso? O custo para levar até os locais de incineração natural seriam exorbitantes!

O ideal seria uma lava estável, mas poucos vulcões têm essa característica

 
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Outro problema é encontrar vulcões perfeitos para essa função. Apesar de ser um grande forno, com temperaturas acima dos 1,1 mil graus Celsius, são poucos os que possuem um formato que permitiria essa aproximação. Para isso, o ideal seria um vulcão em escudo, formado praticamente só de lava e com um a aparência de um escudo deitado, no qual a lava percorre longas distâncias em ritmo mais lento – os vulcões do Havaí são assim.

Acontece que a maioria dos vulcões da Terra são chamados de estratovulcões, que mais se parecem com montanhas e correm o risco de explodir caso entrem em erupção. Já pensou construir toda uma parafernália para carregar o lixo até a cratera e do nada a montanha toda entrar em colapso? Seria muito dinheiro jogado fora...

Por fim, outro problema bastante grave é que trocaríamos a poluição do solo pela do ar: se incinerássemos todo o lixo mundial em vulcões, a quantidade de fumaça que entraria na atmosfera seria absurda! Os atuais incineradores de lixo que existem por aí normalmente estão equipados com filtros que minimizam esse impacto.