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Piauiense tem apenas R$ 0,05 por dia para segurança

 O presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar, tenente-coronel Carlos Augusto Pinho Santos, afirmou hoje (17) durante reunião na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, que o Estado do Piauí investe apenas R$ 0,05 por dia na segurança pública por habitante. Segundo ele é a menor quantia dentre todos os estados brasileiros, somando apenas R$ 18,40 a cada mês, fazendo com que os policiais se sintam desmotivados para trabalhar.


“Posso dizer que a segurança pública do Piauí é um caos. Não existe um estabelecimento de metas e medidas e se existe algum plano ele não surtiu nenhum efeito. É de fundamental importância que existam investimentos e não vimos isso na previsão orçamentária. É no Orçamento que está o detalhamento do que vai ser feito e isso não existe e por isso a segurança pública não dará os resultados que dela se espera”, afirmou.

Por sua vez, o capitão Marcelo Anderson Alves, presidente da Associação dos Bombeiros Militares, lamentou a ausência do comandante da instituição naquele debate tão importante para discutir o plano de gestão da corporação. Disse também que as discussões sobre segurança segurança pública sempre deixam em segundo plano as questões dos bombeiros militares. “É preciso deixar o foco policialesco comoprincipal ação e se pense mais na prevenção”, disse.

 

 

 

Concursados para Teresina são lotados no interior

 

Durante a reunião que discutiu a situação da Segurança Pública no Piauí, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Constantino Júnior, disse que vai apresentar uma ação na Justiça para que os agentes de polícia civil, recentemente nomeados sejam lotados nas delegacias do interior do Estado para onde foram aprovados em concurso público.

 

“Foram 104 agentes que estão trabalhando provisioriamente em Teresina por 60 dias, com possibilidade de ficarem mais 60. Mas, como as coisas funcionam aqui sempre existe um jeitinho deles irem ficando”, disse.


Ele denunciou que os agentes nomeados no concurso público anterior, em 2012, para as cidades do interior já estão trabalhando na capital devido a interferências políticas e que o governo precisa urgenntemente definir um calendário de concursos porque dos atuais 1.300 agentes de polícia em exercício cerca de 400 estão na iminência de serem aposentados por tempo de serviço.

“Existe a necessidade de mais policiais no interior e nos bairros de Teresina. Em Curimatá são apenas 3 agentes para atender todos os municípios daquela região. Em Elesbão Veloso a delegacia pegou fogo em 2014 e até hoje não foi reformada. Pior: no interior os agentes fazem a custódia de presos. Em Valença tem presos de vários municípios na delegacia regional. Em Picos a central de flagrantes virou um cadeião e os prédios públicos da segurança estão abandonados”, disse.

 

“Outra questão é a salarial. Nós ganhamos apenas 35% do que ganha um delegado e isso cria um constrangimento imenso nas relações de trabalho. Essa diferença salarial é a maior entre o menor e o maior salário no Brasil”, encerrou. 

O secretário Fábio Abreu disse que a reforma do quartel de Picos já está pronta e que em Elesbão Veloso a nova delegacia vai ser inaugurada em breve. “Os equipamentos já estão todos lá e falta apenas a gente ir lá entregar o prédio à população”, frisou.

Fonte: Alepi