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PF faz buscas na sede da Precisa Medicamentos em São Paulo

Senador Randolfe Rodrigues afirmou que a operação foi um pedido da CPI da Covid
Foto: Reprodução/TV GloboCarros da Polícia Federal chegam na sede da Precisa
Carros da Polícia Federal chegam na sede da Precisa

A Polícia Federal começou a manhã de sexta-feira, 17, cumprindo mandados de busca e apreensão na sede da Precisa Medicamentos, na Grande São Paulo. em Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo. A operação se estende a outro endereço em Itapevi, onde fica a empresa Luft Healthcare. É lá que ficam armazenados os produtos da Precisa. A empresa é investigada pela CPI da Covid pela intermidiação na negociação de doses da Covaxin entre o Ministério da Saúde e a farmacêutica Bharat Biotech.

As buscas foram pedidas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado e autorizadas pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os policiais federais fazem as buscas desde às 6 horas.

O senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI da Covid, diz que o mandado de busca e apreensão se fez necessário. "A operação, que foi autorizada pelo STF, destina-se à apreensão de informações relativas ao contrato entre a Precisa e a Bharat Biotech, assim como todos os documentos relacionados ao contrato", escreveu em sua conta no Twitter.

"A CPI tentou de todas as formas obter essas informações e não logrou êxito. Fez-se necessário, para prosseguimento das apurações, a utilização deste instrumento judicial", completou o senador.

A Precisa fechou contrato com o Ministério da Saúde, em 25 de fevereiro deste ano, para intermediar a compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin a R$ 1,6 bilhão. O negócio entrou na mira da CPI após denúncia dos irmãos Miranda.

O servidor Luis Ricardo Miranda, da Saúde, e o deputado Luis Miranda (DEM-DF) relataram ter ido ao presidente da República, Jair Bolsonaro, em março, para denunciar irregularidades no contrato.

Segundo eles, a Precisa teria enviado uma 'invoice' - nota fiscal - com pedido de pagamento antecipado de doses. A solicitação seria contrária ao contrato com o Ministério da Saúde, que teria de pagar após a entrega das doses. À CPI, o servidor também relatou pressões de superiores pela liberação da importação da Covaxin.

O contrato da Covaxin foi rescindido no fim de agosto, após a Controladoria-Geral da União (CGU) apontar indícios de falsificação em documentos entregues pela Precisa ao Ministério da Saúde. Atualmente, a pasta estuda sanções à empresa.

Fonte: Terra

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