Polícia

Operação da PF apura superfaturamento na compra de água sanitária para combate à Covid

A Polícia Federal em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU-PI), deflagrou operação NaClo que apura o desvio de recursos públicos federais destinados ao combate à Covid-19 na cidade de União do interior do Piauí. A investigação aponta que a Secretaria de Saúde da cidade teria gastado R$ 293 mil na aquisição de litros de água sanitária superfaturados. Enquanto um galão com 5 litros de hipoclorito de sódio 2% custa no mercado local em média R$ 20, mesmo durante a pandemia, o mesmo teria sido comprado a R$ 48,80, o que representa um superfaturamento de 144%. 

Foto: Divulgação PFOperação da PF apura superfaturamento na compra de água sanitária para combate à Covid
Operação da PF apura superfaturamento na compra de água sanitária para combate à Covid

Na operação deflagrada nesta quinta-feira (13) estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Teresina e União, expedidos pela Justiça Federal de Teresina. 

A água sanitária foi adquirida pelo município para a higienização de ruas da cidade de União, que tem uma população de aproximadamente 45 mil habitantes. O nome da operação NaClo é decorrente da fórmula da composição química do hipoclorito de sódio. 

A investigação da PF aponta que foram identificados indícios razoáveis de fraude ao processo licitatório, tal qual utilização de propostas inidôneas e superfaturadas de duas empresas no intuito de direcionar o certame a uma delas, bem como justificar o preço superfaturado apresentado pela empresa vencedora. 

Ao todo, 30 policiais federais e dois auditores/técnicos da CGU/PI para o cumprimento dos mandados judiciais que buscam colher elementos de prova que confirmem a tese de fraude ao processo licitatório, superfaturamento do contrato, entre outras práticas criminosas, bem como verificar se a primeira empresa efetivamente entregou ao município de União 6 mil unidades de galões de 5L de água sanitária.

Os investigados poderão responder, na medida de suas culpabilidades, pelos crimes de associação criminosa, desvio de recursos públicos e fraude a licitação, cujas penas somadas podem chegar a 20 anos de reclusão. 

Fonte: Cidade Verde