Meio Ambiente
Oceano Atlântico enfrenta sua década mais quente em 3 milênios
Recentes estudos feitos em camadas de sedimentos no Ártico Canadense indicam que o Oceano Atlântico teve sua década mais quente em 2,9 mil anos. A pesquisa foi publicada pela Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) e conduzida pela Universidade de Massachusetts Amherst em parceria com a Universidade do Quebec.
A análise dos materiais encontrados em um lago na Ilha Ellesmere apontou uma trajetória de variação bastante regular da temperatura do Oceano Atlântico durante quase 3 mil anos. Foi observado um abrupto aumento na velocidade de aquecimento das águas na última década, cerca de 13% acima do esperado.
Esse efeito pode causar a aceleração do derretimento das calotas polares, elevando o nível dos oceanos e aproximando a humanidade do chamado ponto sem retorno, quando as mudanças climáticas afetarão o planeta de maneira irreversível, desencadeando consequências ambientais em uma grande cadeia de eventos ou desastres naturais.
Embora o grupo de pesquisadores responsáveis pelo estudo não tenha como foco descobrir a causa do aumento nas temperaturas, outros estudos, como o publicado na revista Science Advances, apontam o aquecimento global e os altos níveis de Dióxido de carbono (CO2) como principais responsáveis pelo fenômeno.
Algumas mudanças causadas por esse efeito já são presenciadas atualmente, como o aumento de tempestades, tornados e furacões, queimadas e longos períodos de seca. Caso piorem, esses fatos podem levar a consequências ainda mais sérias, como a extinção em massa de diversas espécies da fauna e da flora.
Fonte: TecMundo