Polícia

Novas regras impostatas por nova gestão podem ter levado à rebelião na Major César

As novas medidas de segurança adotadas na Colônia Major César - presídio semiaberto em Teresina - podem ter levados a rebelião ocorrida ontem (2). Um mês sob nova gestão, os presos foram proibidos de assistirem TVs e ouvirem Rádios, regalias que tinham dentro do presídio. Outra regra que endureceu foi sobre o fardamento de interno e intensificação de vistorias para barrar entrada de drogas e armas.

Por cerca de 4 horas, a Major César enfrentou uma rebelião. Os presos queimaram viatura, alojamento dos agentes e a Central de Monitoramento. Cerca de cinco pessoas - agentes e presos - ficaram feridos. 

Até agora a Secretaria de Justiça contabiliza de 70 a 80 presos foragidos na rebelião, mas o número pode mudar. Durante o motim, a Central de Monitoramento Eletrônico foi queimado e os dados danificados. Por isso, a dificuldade de identificação dos presos que conseguiram fugir na rebelião na Major César.

Hoje à tarde a Secretaria de Justiça vai divulgar o número de presos que fugiram.

Muitos presos se apresentaram na manhã de hoje. Eles alegaram que ficaram com medo e por isso dormiram na casa de familiares.

A Secretaria Estadual de Justiça abriu sindicância para apurar os motivos que levaram a rebelião. 

Os defensores Dárcio Rufino e Irani Albuquerque estiveram na Major César ontem e hoje. Eles estão apurando para definir as responsabilidades do estado.

Dárcio Rufino disse que não há informações precisas sobre as razões que levaram a rebelião. A Sejus investiga um agente que teria feito um disparo acidental que provocou o início do levante. 

Fonte: Cidade Verde