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Polícia usa canhões de água para conter manifestantes contra Bolsonaro em Pádua, na Itália

Presidente do Brasil visita a região depois de um encontro do G20 em Roma.
Foto: ReproduçãoPolícia usa canhões de água para conter manifestantes contra Bolsonaro em Pádua, na Itália
Polícia usa canhões de água para conter manifestantes contra Bolsonaro em Pádua, na Itália

Na região da cidade de Pádua, na Itália, houve repressão policial a manifestantes contrários à presença de Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (1º). A polícia usou um canhão d´água contra eles.

O presidente do Brasil viajou à região depois de participar de uma reunião do G20 em Roma.

É o segundo dia seguido em que polícias ou seguranças ao redor de Bolsonaro na Itália usam de violência contra pessoas que não estejam ali para se manifestar a favor do presidente.

No domingo, ao fim da cúpula do G20, Bolsonaro saiu para passear nos arredores da embaixada brasileira, no centro de Roma. Seguranças ou policiais empurraram a agrediram jornalistas que tentaram se aproximar para fazer perguntas. As agressões aconteceram depois que Bolsonaro tratou de forma hostil os jornalistas. O correspondente da Globo, Leonardo Monteiro, e jornalistas da Folha e de outros veículos foram agredidos.

Na segunda-feira, Bolsonaro viajou a Anguillara Veneta, onde recebeu, da prefeitura, o título de cidadão honorário. Um bisavô do presidente Bolsonaro nasceu na cidade.

Inicialmente programada para acontecer na sede da prefeitura, a cerimônia para conceder o título foi transferida para uma residência do século 17 da região. Bolsonaro recebeu a honraria diante de quase 200 convidados, incluindo parentes e vereadores do município.

"Estou emocionado por estar aqui. Acho que dá para ver. Daqui saíram meus avós. Tenho o prazer de estar entre tantas pessoas boas", disse Bolsonaro no início do encontro, segundo a agência italiana AGI, já que a maioria dos veículos de imprensa tiveram o acesso impedido.

Houve duas manifestações na cidade, uma contrária a ele, e uma favorável.

Diocese de Pádua

Na semana passada, a Diocese de Páduafez um apelo a Bolsonaro.

No posicionamento divulgado na quarta-feira (27), a Diocese de Pádua também pediu a Bolsonaro que "seja um promotor de políticas respeitosas da Justiça, da saúde e do meio ambiente":

"A Diocese de Pádua, tornando-se porta-voz de um sentimento generalizado e em virtude do vínculo que une o Brasil com a nossa terra, aproveita a oportunidade da possível passagem do presidente Bolsonaro por Anguillara Veneta para pedir-lhe sinceramente que seja um promotor de políticas respeitosas da Justiça, da saúde e do meio ambiente, especialmente para apoiar os pobres", diz o texto.

O documento também destaca as figuras dos padres Ezechiele Ramin e Ruggero Ruvoletto, ambos assassinados por pistoleiros no Brasil, e afirma que, nos últimos meses, os bispos brasileiros "estão denunciando fortemente a violência, o abuso, a exploração da religião, a devastação ambiental e 'o agravamento de uma grave crise de saúde, econômica, ética, social e política, intensificada pela pandemia'".

Fonte: g1