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Você sabia que chove no Sol? Entenda melhor esse fenômeno

Foto: NASAVocê sabia que chove no Sol? Entenda melhor esse fenômeno
Você sabia que chove no Sol? Entenda melhor esse fenômeno

O Sol parece sempre o mesmo, gigante e imutável. Mas para quem dedica a vida a estudar o astro-rei, ele é bem mais complexo do que pode parecer para as pessoas que apenas o apreciam.

Há dois grandes mistérios que envolvem o Sol e motivam a maioria das pesquisas em física solar. A primeira é como a coroa – parte mais externa de sua atmosfera – pode atingir temperaturas na casa dos milhões de kelvins enquanto a superfície imediatamente abaixo dela é de apenas alguns milhares de kelvins. Essa é uma pergunta feita há mais de 50 anos e apesar dos avanços, os pesquisadores ainda não chegaram a uma resposta conclusiva.

O segundo grande mistério é sobre o vento solar, fluxo constante de plasma que banha todos os planetas, luas, asteroides e cometas do Sistema Solar. Ele é dividido em dois tipos: o rápido e o lento. O vento rápido vem de regiões no Sol que possuem campos magnéticos abertos. Já a origem do vento lento não é assim tão conhecida. A principal teoria é de que ele se origina em linhas de campo magnético que alternam entre os estados aberto e fechado – quando as duas extremidades estão conectadas ao Sol. Ao seguir as linhas de campo magnético, o plasma pode escapar do sol e se tornar parte do vento solar quando uma linha de campo está aberta.

Uma pesquisa publicada pela American Astronomical Society no Atrophysical Journal Letters revelou algumas descobertas e observações a respeito da chuva coronal, aquela que ocorre na coroa do Sol.

O plasma solar é um gás eletricamente carregado e apesar de não se acumular, como a água, ele traça os movimentos magnéticos que vêm do Sol. O plasma é superaquecido assim que se prende à superfície do Sol e, conforme esfria, condensa e é arrastado para baixo da coroa solar com a gravidade. O efeito é muito similar ao de vaporização de água na Terra e, com isso, os pesquisadores concluíram que a mecânica de funcionamento da chuva coronal do Sol é muito semelhante à chuva encontrada na Terra.

Fonte: Scientific American