Teresina (PI)
THE: Vigilância Sanitária orienta sobre venda e compra da carne de sol
A tradicional carne de sol comercializada em vários pontos de venda da capital vem merecendo uma atenção mais rigorosa da Fundação Municipal de Saúde, da Prefeitura de Teresina, por meio da Gerência de Vigilância Sanitária (Gevisa). A preocupação é assegurar a boa qualidade do produto oferecido ao consumidor teresinense.
Por exposição, muitas vezes, desse tipo de carne de forma irregular, os vendedores estão sendo orientados pelos fiscais da Gevisa sobre os cuidados necessários em relação a esse procedimento e as normas que são estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a preservação do produto e a higienização.
"Geralmente, o vendedor coloca o produto ao ar livre, sobre as calçadas, exposto à poeira, à fumaça de combustíveis e ao contato direto do consumidor, o que facilita a contaminação da carne, comprometendo a sua qualidade", explica Roberto Matias, fiscal do setor de alimentos da Gevisa.
"Inicialmente estamos orientando os comerciantes da necessidade de instalação de uma estrutura para proteger o produto, sendo que o ideal é que qualquer tipo de carne fique sob refrigeração o tempo todo e protegido dos insetos. Sabemos que muitos não têm espaço e nem estrutura para o atendimento dessas exigências, mas a Gevisa está procurando adequá-los da melhor forma possível às determinações higiênico-sanitárias", acrescenta o fiscal.
Segundo Roberto Matias, o consumidor deve também ficar atento ao adquirir a carne de sol, observando as condições higiênicas do ambiente e do próprio vendedor, que deve estar com uniforme adequado, inclusive com luvas, para a manipulação do produto.
"A Gevisa é mais rigorosa quando esse produto é estendido em cavaletes ou varais sobre as calçadas tomando todo o espaço e dificultando a circulação dos pedestres. Neste caso a exigência é que a carne seja retirada, podendo até ser apreendida se o comerciante insistir nesse procedimento", informa o fiscal.
Preparada a partir da carne bovina fresca e manteada, a carne de sol é ligeiramente salgada e deixada em locais cobertos e bem ventilados até que fique totalmente desidratada. Como exige um clima muito seco, o preparo só é possível nas regiões semiáridas do Nordeste. A secagem é rápida, formando uma espécie de casca protetora que conserva a parte de dentro da carne.
"Para que o consumidor se assegure da qualidade do produto que está comprando, ele deve exigir que o vendedor dê um corte na carne de sol para sentir o odor característico do produto por dentro dessa casca protetora. O cheiro do produto deve ser agradável, além de macio por dentro", ensina Roberto Matias.
O gerente da Gevisa, Feliciano Paiva, ressalta que não há registro de pessoas acometidas de intoxicação ou infecção alimentar por conta do consumo de carne de sol em Teresina. "Trata-se de um produto tradicional, de fácil conservação em virtude do seu preparo e consumido em larga escala em toda a Região Nordeste", completa o gerente.
Fonte: Semcom/PMT