Teresina (PI)

Teresina ainda precisa vacinar 16 mil crianças contra a pólio

Dezesseis mil crianças de Teresina, menores de cinco anos, ainda não foram imunizadas contra a poliomielite na primeira etapa da campanha de vacinação deste ano. Cerca de 80 salas de vacinas das unidades de saúde da Fundação Municipal de Saúde (FMS), da Prefeitura de Teresina, estão à disposição das famílias para a proteção das crianças nessa faixa etária contra a paralisia infantil, doença que avança e já ameaça populações de 26 países matando ou deixando sequelas para o resto da vida.

De acordo com o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, Teresina vacinou 46.691 crianças até o último sábado (18), Dia D da Campanha de Vacinação contra a Pólio. A cobertura alcançou um índice de 74,41%, mas a meta é imunizar 62.750 ou atingir um percentual mínimo de 95%, o que não vem ocorrendo há pelo menos cinco anos na capital. A FMS reitera que os centros e unidades de saúde espalhados em praticamente todos os bairros da cidade têm vacina disponível para as crianças.

"Não podemos baixar a guarda e facilitar a entrada do vírus selvagem da pólio entre as falhas da rede de proteção e isso ocorre quando não atingimos a cobertura vacinal ideal, a exemplo do que se observa nos países onde se pensava que a pólio estava definitivamente erradicada. Enquanto o vírus estiver circulando pelo planeta é necessário reforçar as campanhas de vacinação, única forma de evitar a doença e proteger a população, principalmente as crianças, que são mais vulneráveis ao poliovírus", explica o presidente da FMS, Pedro Leopoldino.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2010 foram registrados 1.349 casos de poliomielite no mundo e este ano, até o dia 15 deste mês, 205 ocorrências já foram detectadas. No ano passado a doença fez vítimas na Europa, especialmente na federação russa. Os países com maior incidência são: Paquistão, Afeganistão, Nigéria, Índia e Chade.

"Com esses países e outros, o Brasil mantém relações diversas, intercâmbios em várias áreas e pessoas desses países nos visitam e também os visitamos, o que contribui para a circulação dos vírus e disseminação de doenças. Para evitar que sejamos atingidos pela pólio, por exemplo, precisamos de uma cobertura de no mínimo 95%", alerta Pedro Leopoldino.

Fonte: Semcom/PMT