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Putin diz que não há necessidade de novos grandes ataques na Ucrânia

Foto: Andrey Gorshkov / Sputnik / Kremlin via ReutersSegundo o presidente, Rússia não pretende destruir o país
Segundo o presidente, Rússia não pretende destruir o país

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse hoje (14) que não há necessidade de novos grandes ataques contra a Ucrânia, e que a Rússia não pretende destruir o país.

Putin afirmou, em entrevista coletiva no fim de uma cúpula no Cazaquistão, que sua convocação de reservistas russos termina dentro de duas semanas e que não havia planos para nova mobilização.

Ele reafirmou a posição do Kremlin de que a Rússia está disposta a manter negociações, embora tenha dito que exigiria mediação internacional se a Ucrânia estivesse disposta a participar.

Considerados em conjunto, os comentários de Putin parecem sugerir ligeira suavização de tom, à medida que a guerra se aproxima do fim de seu oitavo mês, após semanas de avanços ucranianos e derrotas russas significativas.

Mas Putin - que já disse estar pronto para usar armas nucleares para defender a "integridade territorial" da Rússia - também alertou para uma "catástrofe global" no caso de confronto direto das tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) com a Rússia.

Ele falou depois de uma semana em que a Rússia realizou seus mais pesados ??ataques com mísseis contra Kiev e outras cidades ucranianas, desde o início da invasão em 24 de fevereiro - ação que Putin disse ser retaliação pelo ataque que danificou uma ponte russa para a Crimeia, anexada unilateralmente.

Ele afirmou que não há necessidade de grandes ataques agora, porque a maioria dos alvos designados foi atingida.

A invasão da Rússia confrontou Putin com a crise mais profunda de seus 22 anos como líder da Rússia, já que até mesmo aliados leais do Kremlin atacaram as falhas de seus generais e a natureza caótica da mobilização.

Mas ele respondeu "não" quando perguntado se tinha algum arrependimento, dizendo que não agir na Ucrânia teria sido ainda pior.

"Quero que fique claro: o que está acontecendo hoje é desagradável, para dizer o mínimo, mas teríamos a mesma coisa um pouco mais tarde, só que em condições piores para nós, só isso. Então, estamos agindo corretamente e de forma oportuna."

Fonte: EBC Brasil