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“Não sou ladrão para ser preso”, diz empresário que registrou B.O após fiscalização

Foto: Reprodução“Não sou ladrão para ser preso”, diz empresário que registrou B.O após fiscalização
“Não sou ladrão para ser preso”, diz empresário que registrou B.O após fiscalização

O empresário Marcos de Sales, 29 anos, classificou como truculência a abordagem de policiais militares durante fiscalização do decreto de isolamento social nesta segunda-feira (20) a sua loja de confecção na Avenida Principal do Parque Piauí, zona Sul de Teresina. Um vídeo gravado por moradores mostra o momento em que o comerciante desmaia após ser imobilizado pelos policiais. 

“Meu estabelecimento estava fechado. Eu fui lá olhar. Minha porta estava meio aberta, não tinha ninguém comigo lá. Eles bateram no portão e entraram de uma vez pedindo minha documentação. Fui pegar o documento no carro e baixei o portão. Foi na hora que eles já foram me algemando. Eu sou um cidadão, não sou ladrão para ser preso e algemado”, relatou o empresário. 

A Secretaria de Segurança do Estado abriu procedimento para investigar se houve abusos dos policiais militares. O caso foi encaminhado à Corregedoria da PM. O comerciante chegou a fazer um exame de corpo de delito no IML.

Em casa, Marcos Sales revelou ao Cidadeverde.com que não lembra de alguns momentos. “Eu só vi no vídeo a hora em que eu começo a passar mal, dando convulsão, acho que pela falta de sangue na cabeça depois que tentaram me enforcar, disse o empresário que reclama ainda sentir dor na garganta e nos braços por conta dos ferimentos causados pelas algemas.

Marcos Sales informou que trabalha na loja de confecção há oito anos. Ele avalia a abordagem como injusta. 

“Foi uma coisa que eu acho errado. Vejo muitas aglomerações de pessoas em outros lugares e ninguém faz nada. Eu estava no meu estabelecimento sozinho. Eu tinha ido pra onde eles quisessem, mas me algemar, não achei certo”, disse.

O empresário conta que só veio acordar dentro da viatura. “Quando acordei, ainda me tremendo, pedi para eles afrouxarem a algema que estava me machucando. Eles continuaram me agredindo, afastando a minha cabeça pra baixo e dizendo que eu merecia aquilo”.

Fonte: Cidade Verde