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Menina de 11 anos grávida pela 2ª vez após estupro deve ir para novo abrigo da prefeitura

Foto: Renato Andrade / Cidadeverde.comMenina de 11 anos grávida pela 2ª vez após estupro deve ir para novo abrigo da prefeitura
Menina de 11 anos grávida pela 2ª vez após estupro deve ir para novo abrigo da prefeitura

A menina de 11 anos, moradora da zona rural de Teresina, que foi novamente vítima de estupro e está grávida pela segunda vez deve ser encaminhada para um novo abrigo do município. A informação foi confirmada pela gerente de Direitos Humanos em exercício da Prefeitura de Teresina, Talita Damas. 

Após a confirmação da segunda gestação, a menina teve que sair do abrigo municipal onde estava morando há cerca de um mês e retornar para a casa do pai. O motivo, segundo a gerente, é que o local não possui as condições adequadas para receber uma criança gestante. 

“O Conselho Tutelar já encaminhou a notícia de fato para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, ao Ministério Público e à Vara da Infância, para que a gente possa encaminhá-la para um abrigo que tenha toda a condição de recebê-la. Não é todo abrigo que possui os aparatos necessários para receber uma criança nessa situação”, destacou Talita Damas, que destacou que a menina de 11 anos está sendo acompanhada de perto pelas equipes da prefeitura de Teresina.

Exame realizado na sexta-feira (9) no Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência, da Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina, constatou que a menina está grávida de três meses.

O aborto legal não foi autorizado pelos pais e a criança deve prosseguir com a segunda gestação. 

“O que cabe ao Conselho Tutelar é encaminhar para os órgãos competentes para que sejam tomadas as providências legais”, completou a gerente de Direitos Humanos, Talita Damas. 

1ª gestação 

A menina tinha 10 anos quando engravidou após ser estuprada em um matagal por um primo de 25 anos, em janeiro de 2021.

A menina prosseguiu com a gestação e deu à luz em setembro do mesmo ano. A mãe, uma dona de casa de 29 anos, não autorizou o aborto da filha e afirmou que o médico afirmara que a menina apontara risco de morte no procedimento.

A lei brasileira permite o aborto nos casos de estupro e risco de morte para a gestante, e uma decisão da Justiça estendeu o aval para casos de anencefalia do feto.

A menina também decidiu não realizar o aborto —na época, ela estava com quase dois meses de gestação. O primo que a estuprou foi assassinado pouco tempo depois por motivos que a família diz desconhecer.

Desde que o filho nasceu, a menina abandonou a escola, se nega a ter tratamento psicológico e vive um conflito com os pais.

Há cerca de um mês, passou a viver em um abrigo em Teresina e educadores do local desconfiaram de que ela estaria novamente grávida.

Fonte: Cidade Verde