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Letícia Cazarré relata paradas cardíacas, convulsões e medo de perder a filha

Foto: Reprodução / Instagram“O olho começou a virar. Gritei pelos médicos!”
“O olho começou a virar. Gritei pelos médicos!”

Letícia Cazarré, mulher do ator Juliano Cazarré, fez pela primeira vez um relato emocionante sobre o estado de saúde da filha, Maria Guilhermina. Ela nasceu em junho do ano passado e foi diagnosticada com uma anomalia na válvula tricúspide, que fica do lado direito do coração, compatível com o diagnóstico de Anomalia de Ebstein, a mais rara dentre as doenças cardíacas.

O depoimento detalhado da bióloga foi para a revista Marie Claire. Nele, Letícia conta sobre cirurgias, paradas cardíacas, convulsões, e dias que pareciam não ter fim. “Ela dormiu com a medicação, mas acordou 20 minutos depois, chorando, e vi ela estava ficando vermelha, roxa, o lábio começou a inchar e o olho começou a virar. Gritei pelos médicos”. Confira!

“Nunca imaginei que teria tantos filhos. Achei que pararia depois do Vicente e do Inácio, hoje com 12 e 10 anos, só que um tempo depois precisei tirar o DIU e falamos: ‘Será que não tentamos mais um?’ Estávamos em um momento de vida mais estável.

O Gaspar chegou em 2019 e foi muito tranquilo. Nos animamos em tentar uma menina. Fomos conhecer o Santuário de Aparecida do Norte (SP) e acendi duas velhinhas pedindo duas meninas. Uma semana depois, engravidei da Maria Madalena. Ela era muito boazinha e estava curtindo o mundo rosa de uma menina.

Quando a Madalena fez nove meses, engravidei da Maria Guilhermina. No quinto mês de gestação, recebi o diagnóstico da anomalia na válvula tricúspide, que fica do lado direito do coração, compatível com o diagnóstico de Anomalia de Ebstein, a mais rara dentre as doenças cardíacas. Fiquei dois dias sem chão, de luto, ressignifcando tudo.

‘Como é que a gente vai cuidar dela?’, pensava. A gente não sabia o que era, mas sabia que teria que enfrentar muita coisa. Comecei a estudar os artigos científicos e cheguei no nome do Dr. José Pedro da Silva, um brasileiro que inventou que a cirurgia do cone, técnica que corrige a anomalia. Ela tinha um grau leve, mas a doença é muito dinâmica, fazia exames a cada duas semanas.

O coração dela foi aumentando tanto de tamanho que corria o risco de os pulmões não crescerem. Quando completei 35 semanas, descobriram que ela tinha o chant circular, o que significa o sangue passar dentro do próprio coração, mandando pouco para outros órgãos. No momento em que ela nascesse, ele não iria para o intestino, para o rim, que iria falhar o rim ia falhar e provavelmente morreria.

Fonte: O Fuxico