Saúde

Gravidez tardia requer cuidados com a saúde

Entres os problemas mais comum nas mulheres que engravidam acima dos 35 anos estão: maior incidência de aborto, parto prematuro, além de outros fatores como a Síndrome de Down e o desenvolvimento de doenças como hipertensão e diabetes

 
Gravidez tardia requer cuidados com a saúde

 

As mudanças do mundo moderno mexeram com os costumes e tradições do universo feminino. A busca pela realização profissional, estudos e outras oportunidades tem feito com que o momento de engravidar fique para mais tarde.  Nos dias atuais, muitas mulheres estão pensando na gravidez somente após alcançar uma certa estabilidade, sejam elas solteiras ou casadas. Esse momento geralmente chega depois dos 30 anos e, em alguns casos, até mesmo aos 40 anos.

"Muitas mulheres querem contrariar o que se convencionou chamar de relógio biológico e decidem ter o primeiro filho. Dar atenção ao lado profissional é importante, e fazer isso para adiar a gravidez é bom, mas na hora da decisão de ter o primeiro filho após os 30 anos os cuidados devem começar.  É importante ter um acompanhamento médico antes e depois de engravidar", afirma a obstetra do Hospital Rio Poty, Jesca Villa Verde.

Os avanços na medicina ajudam as mulheres que deixam para engravidar mais tarde. No entanto, o sistema reprodutor feminino também envelhece com o avançar da idade, o que pode dificultar a concretização de uma gravidez tardia e também aumenta os riscos de desenvolver alguma síndrome no bebê . "Os riscos sempre serão menores quando a mulher é mais jovem, geralmente entre 20 e 30 anos que é a fase mais fértil da vida da mulher, por isso é o período mais indicado em termos de saúde para ter uma gravidez tranquila", acrescenta a obstetra.

Os óvulos envelhecem igualmente a outras células do corpo. Por isso, quanto maior a idade, menor a qualidade e quantidade deles, destaca a especialista. "O ideal é que a mulher com mais de 35 anos tenha um acompanhamento antes de engravidar, para que se possa identificar os riscos imediatamente", salienta a médica Jesca Villa Verde.

O problema da gravidez tardia, caracterizada após os 35 anos, pode ocasionar uma maior incidência de aborto, parto prematuro, além de outros fatores como a Síndrome de Down e o desenvolvimento de doenças como hipertensão e diabetes. A obstetra indica que mulheres que desejam engravidar nessa faixa etária, passem por exames de avaliação da reserva ovariana, e hormônio folículo-estimulante (FSH), ultrassonografia e o hormônio antimulleriano, que mostra ao médico o estoque de células germinativas e a qualidade dos óvulos estocados, mas nenhum vai mostrar qual o prazo limite para uma gestação. “Esses exames ajudam a avaliar a qualidade da reserva de óvulos da mulher e a prever se tem um risco maior de complicações ou não”, explica a especialista.

 

Fonte: Teresina Diário