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Flamengo não faz ponto nem gol em dois jogos e tem pior início da história

Foto: Divulgação / FlamengoMesmo com Brasileiro unificado, desde 1959, Flamengo só começou com duas derrotas em 1997, numa edição em que fez dois gols nos dois primeiros jogos
Mesmo com Brasileiro unificado, desde 1959, Flamengo só começou com duas derrotas em 1997, numa edição em que fez dois gols nos dois primeiros jogos

Duas derrotas e nenhum gol marcado nas duas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro era inédito na história rubro-negra. Desde 1959, a única edição em que o Flamengo começou com duas derrotas foi a de 1997. Caiu por 3 x 2 para o Santos, no Maracanã, e 1 x 0 para o Bahia, na Fonte Nova. Fez dois gols. O atenuante é que, daquela vez, terminou na fase semifinal. As duas derrotas não comprometeram a campanha inteira.

Para que este início surpreendente negativamente não comprometa o futuro da equipe de Domenec Torrent será necessário conversar. Voltou de Goiânia para o Rio de Janeiro, sentar-se no vestiário e debater as mudanças táticas e conceituais que já começam a ser impostas.

O Flamengo de Jorge Jesus mudou de sistema tático várias vezes, mas sempre para surpreender o rival, não para se adaptar ao conceito. Domenec Torrent fez um time mais posicional, já na segunda atuação. Abriu Bruno Henrique pela esquerda, Vitinho pela direita, para ter amplitude, um dos clássicos mandamentos do jogo de posição.

Seu ataque posicional divorciou Bruno Henrique e Gabriel. BH aberto à esquerda e Gabriel isolado como centroavante. No final da primeira etapa, melhorou com Bruno Henrique se aproximando de Gabigol, com Éverton Ribeiro à direita e Vitinho pela esquerda. Durou pouco.

No segundo tempo, Rafinha entrou na vaga de Gustavo Henrique e Pedro no lugar de Vitinho. Pareceu mais perto do normal, com Éverton Ribeiro à direita, Gérson pelo centro, Bruno Henrique à esquerda e a dupla Gabigol e Pedro. Durou pouco e Gabigol jogou também aberto pela direita, com Pedro centralizado, de novo no 4-2-3-1.

Mais posicional, menos brilhante. Também faltou a pressão na saída de bola. Não dá para jogar com a defesa alta, sem pressionar a saída dos zagueiros adversários. Os conceitos podem mudar, mas terão de ser mais treinados. Por enquanto, não dá para decretar o fracasso. É de se esperar a reação. Mas será necessário debater quanto o Flamengo precisa se adaptar a Domenec Torrent e quanto Domenec Torrent é que deve se moldar ao Flamengo.

Fonte: Globo Esporte