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Finalmente foi descoberta a cura para o Vírus Ebola

Foto: DivulgaçãoVírus ebola finalmente tem cura
Vírus ebola finalmente tem cura

"O ebola não é mais incurável", disse Jean-Jacques Muyembe, diretor-geral do Institut National de Recherche Biomedicale na República Democrática do Congo, um dos responsáveis por supervisionar os ensaios clínicos de novas drogas em campo. Dois dos tratamentos experimentais aumentaram drasticamente as taxas de sobrevivência dos pacientes infectados, o que é considerado uma vitória na luta contra o ebola, juntamente da vacina experimental que protege contra a ação do vírus.

Desde novembro de 2018, pacientes de quatro centros de tratamento na região leste do Congo, onde o surto se mostrou mais virulento, foram escolhidos ao acaso para receberem uma das quatro novas terapias. O estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de institutos nacionais de saúde dos países onde o Ebola é quase endêmico se baseia na aplicação de quatro terapias, uma com a droga antiviral Remdesivir e três que usam anticorpos monoclonais, grandes proteínas em forma de Y que reconhecem bactérias e vírus invasores, recrutando células do sistema imunológico para atacar esses patógenos: ZMapp, Regeneron e mAb114.

Os resultados foram mais notáveis com pacientes tratados logo após serem infectados, quando suas cargas virais ainda eram baixas. As taxas de mortalidade despencaram 6% com o Regeneron, 11% com o mAb114, 24% com o ZMapp e 33% com o Remdesivir .

Novo protocolo de tratamento

Com o anúncio da OMS, um novo teste começará agora, comparando o Regeneron com o mAb114. Segundo o diretor de Emergências de Saúde da OMS, Mike Ryan, as unidades de tratamento de ebola na zona de surto somente administrarão os dois medicamentos.

Desde o início do surto, em agosto de 2018 no Congo, o segundo maior já registrado, mais de 2,8 mil pessoas foram infectadas, com 1.794 mortes confirmadas. Em julho, a OMS declarou "emergência de saúde pública de interesse internacional", depois que um caso apareceu em uma cidade entre o Congo e Ruanda. O risco de transmissão através das fronteiras continua alto.

Fonte: Wired