Teresina (PI)

Campanha contra pólio deve vacinar 62.750 crianças em Teresina

Teresina precisa imunizar 62.750 crianças menores de cinco anos (de zero a 4 anos, 11 meses e 29 dias) contra a paralisia infantil durante a primeira etapa da campanha 2011, que começa hoje(13) e tem como Dia D sábado (18). "Mais do que um direito da criança, a vacinação é um dever dos pais ou responsáveis, que devem levar os filhos às salas de vacina, para que sejam protegidos contra essa doença, que, quando não mata, aleija e volta a assustar a população mundial", alerta Pedro Leopoldino, presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), da Prefeitura de Teresina.

Mesmo que a criança tenha sido vacinada, mas ainda seja menor de cinco anos, deve tomar a vacina, que está disponível em todas as unidades de saúde do município. Esta primeira etapa da campanha se estende até o dia 30 de junho. Para assegurar a prevenção contra a poliomielite, a FMS recomenda às famílias não deixarem para última hora a vacinação dos filhos. "Sempre há um centro de saúde ou uma unidade de saúde dentro das comunidades ou nas proximidades, então não há motivos para adiar esse compromisso", frisa Pedro Leopoldino.

Para a coordenadora de Ações Assistenciais da FMS, Amariles Borba, a vacinação da criança deve ser entendida como uma ação de cidadania, como uma atitude de responsabilidade para quem quer bem aos filhos. "Não devemos nos esquecer que o vírus selvagem da pólio, já há alguns anos, vem avançando no planeta e, atualmente, 26 países registram casos da doença, o que é preocupante, porque temos um mundo hoje globalizado, as pessoas estão viajando mais e o Brasil mantém contatos e intercâmbios com países que registram a doença. Esse vírus, como as pessoas, também circula numa velocidade assustadora", adverte.

A coordenadora ressalta que a melhor medida de proteção contra esse vírus são as campanhas de vacinação, que têm como meta uma cobertura vacinal de 95%. "São apenas duas gotinhas e somente atingindo esse percentual vamos conseguir construir uma barreira de proteção, porque o vírus circula, mas é impedido de disseminar a doença quando encontra em determinado ambiente essa rede preventiva", ensina Amariles Borba.

"Outro ponto importante e que a população precisa tomar conhecimento é quanto ao desenvolvimento. Nenhuma empresa vai querer investir numa cidade cujos indicadores sociais, incluindo a saúde, sejam negativos. Por isso, a manutenção da erradicação da pólio no país demonstra o grau de compromisso do Brasil com a sua população e também com os indicadores de desenvolvimento", ressalta a médica. "E para manter a doença erradicada, tem que haver também esse compromisso da família participando das campanhas de vacinação", completa.


A doença
De acordo com o Ministério da Saúde, o último caso de poliomielite no Brasil foi registrado em 1989, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da doença. Porém, segundo o ministério, é importante continuar vacinando as crianças, porque o vírus da paralisia infantil ainda circula em outros países. A OMS registra 26 países com casos da doença, quatro deles são endêmicos, ou seja, possuem transmissão constante: Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão.

A poliomielite é uma doença infecciosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito, que se manifesta com infecções inaparentes ou assintomáticas. É transmitida, principalmente, por contato direto pessoa a pessoa, pelas vias fecal-oral, objetos, alimentos e água contaminados por fezes de doentes ou de portadores. Transmite-se também pela via oral-oral, por meio de gotículas de secreções ao falar, tossir ou espirrar.

Fonte: Semcom/PMT