Política

Brasil nas ruas pelo impeachment e por vacina para todos

Movimentos sociais, ativistas e trabalhadores de mais de 200 cidades do Brasil protestaram hoje contra o governo do presidente Jair Bolsonaro.
Foto: Midia NinjaVisão aérea do MASP, em São Paulo.
Visão aérea do MASP, em São Paulo.

Sem ir às ruas para cumprir o distanciamento social e evitar a disseminação do vírus, a oposição e críticos ao governo realizaram centenas de atos online, manifestações e intervenções simbólicas antes de ir às ruas, mas sem recuo do governo e com o avanço do número de mortos, ativistas, partidos, movimentos sociais e trabalhadores convocaram um grande ato nacional que foi realizado em mais de 200 cidades hoje.

“Se o povo protesta em meio à pandemia é porque o governo é mais perigoso que o vírus”, essa foi uma das frases mais ditas em cartazes e nos carros de som durante os atos de hoje por todo Brasil. A população se mobilizou em repúdio à gestão do governo brasileiro tanto no que se refere ao controle da pandemia, quanto aos cortes sociais, aumento da fome e desemprego recorde.

O Brasil já registrou 459.045 mortes por  Covid-19 e a política federal desdenha de orientações dos órgãos de saúde e ignora ofertas de vacina, contribuindo para o avanço da doença por todo país. A ação coordenada de Bolsonaro e sua gestão são alvos da CPI que investiga e pode punir o governo e que nas últimas semanas tem escancarado absurdos como a tentativa de aplicar em Manaus a tese da “imunidade de rebanho”, o que levou a cidade a ser o epicentro da doença e viver um colapso no início do ano com pessoas morrendo por falta de oxigênio.

Na última semana, pesquisas de opinião do DataPoder mostraram que o presidente teve o maior índice de rejeição ao seu governo desde o início da gestão, com 59% da população considerando-o ruim ou péssimo, e 57% dois brasileiros apoiam um impeachment, 11% a mais que a última pesquisa.

Só em São Paulo mais de 50 mil pessoas se manifestaram no ato de hoje, e mais de 200 cidades também realizaram atos com grandes mobilizações. Movimentos sociais distribuíam máscaras e álcool para os presentes e os carros de som orientavam o distanciamento.

O chamado de hoje à luta também foi aderido por coletivos e organizações brasileiras em várias partes do mundo. Atos em Londres, Berlim, Lisboa, Nova Ioque e Bruxelas.

Fonte: Mindia Ninja