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Brasil começa hoje a eliminatória mais difícil e imprevisível de todas

Foto: DivulgaçãoFazia 33 anos que a seleção brasileira não passava tanto tempo sem jogar e estreia da Argentina demonstrou como será difícil
Fazia 33 anos que a seleção brasileira não passava tanto tempo sem jogar e estreia da Argentina demonstrou como será difícil

O Brasil conta nos dedos de uma só mão as boas atuações depois da Copa do Mundo da Rússia. Jogou bem duas vezes contra a seleção peruana, pela Copa América, fez uma partida difícil e que poderia ter perdido para a Argentina, mas em que foi extremamente competitiva, e contra a Coreia do Sul. Não há outras grandes atuações.

Dito isto, entende-se que a dificuldade da seleção brasileira não será só pela pandemia. Mas é um grande agravante. Antes da estreia da Argentina com vitória magra por 1 x 0 sobre o Equador, o técnico Lionel Scaloni destacou que seria uma partida diferente de todas as que participou na carreira. Pela paralisação, por onze meses sem se reunir e pela falta de público.

Fazia 33 anos que o Brasil não passava tanto tempo sem jogar. Desde 1987, quando entrou em campo em Wembley para um amistoso contra a Inglaterra, com as estreias de Raí e Dunga, onze meses depois da eliminação na Copa do México, contra a França.

Tudo isto fará parte do cardápio das eliminatórias e mais o crescimento de países antes inexpressivos, como o Equador, terceiro colocado no Mundial sub-20, em 2019. O Uruguai sofreu para ganhar do Chile por 2 x 1, a seleção peruana fez bom jogo contra o Paraguai e empatou por 2 x 2.

Muitas vezes parece que o Brasil nunca achou difícil jogar as eliminatórias. Não é bem assim. Em 1985, antes do início, programas de rádio questionavam como seria difícil ganhar de Bolívia e Paraguai, que haviam vencido a seleção em compromissos recentes, como a semifinal da Copa América de 1979, confronto vencido pelos paraguaios com empate por 2 x 2 no Maracanã. Ou a derrota de La Paz, no mesmo ano, para os bolivianos, em La Paz.

Aquelas foram simples, apesar de dois empates por 1 x 1, contra a Bolívia, no Morumbi, e Paraguai, no Maracanã. Estas serão diferentes de tudo. Pela pandemia, pela paralisação, pela falta de torcida, pelos jogos ruins recentes do Brasil.

A primeira missão é classificar para a Copa do Mundo.

Fonte: Globo Esporte