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Bolsonaro ameaça indústria nacional de veículos elétricos

Foto: ReproduçãoBolsonaro ameaça indústria nacional de veículos elétricos
Bolsonaro ameaça indústria nacional de veículos elétricos

Um movimento feito por organizações internacionais, com apoio de alguns prefeitos de cidades brasileiras, ameaça empregos e investimentos da indústria nacional de veículos elétricos. Em cartas endereçadas ao Ministério da Fazenda, grupos como ICCT Brasil, C40 e WRI Brasil e fabricantes estrangeiros alegam que o Brasil precisa aumentar suas frotas de ônibus e por isso pedem que seja zerado o imposto na importação de ônibus elétricos.

A medida, no entanto, pode causar forte impacto na indústria de veículos elétricos já instalada no Brasil, além de toda cadeia produtiva, com previsão de fechamentos de fábricas e demissões, caso venha a ser aprovada em Brasília. Fabricantes nacionais já se mobilizam para evitar que a proposta, em consulta pública no Ministério da Fazenda, siga adiante.

“Temos indústrias já instaladas no Brasil, com capacidade de atender as necessidades das cidade e operadores de ônibus pelos próximos 3 anos, e apetite para investir e ampliar em novas unidades de fabricação.” afirma Marcello Von Schneider, Diretor Institucional e Head da divisão de ônibus da BYD (Build Your Dreams) Brasil, principal fabricante no país hoje de ônibus elétrico.

Em sua fábrica em Campinas, a empresa já opera com capacidade para produzir 2 mil chassis para ônibus elétricos por ano. Somente no Estado de São Paulo, existem quatro grandes indústrias, entre fabricantes de chassis e carroceria de ônibus, que são impactadas diretamente com a proposta de redução de alíquota de 35% para zero na importação de ônibus elétricos.

“Estamos falando de milhares de funcionários que podem perder emprego. A proposta atinge em cheio a indústria nacional e os investimentos já feitos e os previstos. O Brasil pode perder sua capacidade de se industrializar e de gerar empregos. Precisamos de medidas que sejam a favor da produção nacional e do desenvolvimento da economia das cidades brasileiras”, afirma Marcello.

Fonte: Isto é