Professores do estado Maranhão entram em greve por tempo indeterminado

Trabalhadores da educação da rede pública estadual entram em greve por tempo indeterminado a. Ontem, parlamentares e representantes do governo do Estado, participaram de uma audiência pública na Assembleia Legislativa, em São Luís. A reunião teve como objetivo a retomada das negociações sobre a aprovação do Estatuto do Educador, principal reivindicação da categoria. O movimento acontecerá paralelamente à greve nacional dos trabalhadores da educação, que se estende até quinta-feira (25) e que também mobilizará todos os estados da federação, na luta por alterações no piso salarial, Plano de Carreiras, jornada de trabalho, profissionalização dos funcionários da educação, entre outras reivindicações.

Segundo Júlio Pinheiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma), desde 2009 a categoria se mantém em negociação com o governo para a revisão e a aprovação do Estatuto do Educador. No entanto, segundo Júlio, o sindicato foi surpreendido com o retorno de um texto diferente do que havia sido negociado entre técnicos do governo e dirigentes sindicais.

“É um texto ‘mutilado’, onde mais de 30 artigos foram alterados, ou seja, o Estado passa vários meses com a proposta consensual engavetada e, em vez de mandá-la para o Legislativo, resolve dar encaminhamento diverso, que foi a mudança no texto. O Estatuto é um instrumento importante para a valorização dos profissionais da educação, disse Júlio.

O sindicalista explicou que o principal item da pauta de negociações é o Estatuto, mas pontuou que a categoria também cobra reajuste do piso, jornada para atividades educacionais fora da sala de aula e progressão, entre outros benefícios.

Assim como em São Luís, trabalhadores da educação de outras cidades importantes do Maranhão – como Imperatriz, São José de Ribamar, Caxias, Timon, Codó, Coroatá, entre outras – também vão cruzar os braços hoje.

REIVINDICAÇÕES DOS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO

• Estatuto do Educador negociado e consensuado, incluindo professores, especialistas e funcionários de escola;

• Imediata efetivação de 25 mil progressões, 1.500 promoções e 1.500 titulações;

• Eleição direta para diretor de escola;

• Correção do Piso Salarial aplicado linearmente na Nova Tabela Salarial;

• Ampliação do ProFuncionário;

• Gratificação de 30% para quem concluiu o ProFuncionário;

• Cumprimento integral da jornada extraclasse de 1/3;

• Nomeação dos excedentes do concurso de 2009;

• Realização de concurso público amplo com vagas suficientes para contemplar a necessidade de professores, especialistas e funcionários de escola;

• Equiparação salarial entre efetivos e contratados;

• Melhores condições de trabalho.