Dr. Valrian Feitosa

Prof. Naldo
Francinaldo de Sousa Bezerra. Graduado em História pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Pós-graduado em História do Brasil e professor da rede estadual de ensino no Piauí e Maranhão. Produtor de eventos, crítico político e cultural.

Governo assume o compromisso de pagar os 22,23% mas parcelado e não garante retroativo

 


Os Trabalhadores em Educação avaliarão a proposta em Assembleia Geral na segunda-feira (7)

Após uma exaustiva negociação, que durou cerca de quatro horas, entre a comissão de negociação do SINTE-PI e o Governo do Estado do Piauí, este apresentou a proposta de um reajuste de 22,23% para os Trabalhadores em Educação e assim cumprir a Lei do Piso Nacional do Magistério. A categoria realizará uma Assembleia Geral, segunda-feira (7) para avaliar a proposta do governo estadual e decidir os rumos da greve.

As negociações aconteceram na manhã de hoje (5) no Palácio de Karnak, sede do Governo do Estado e contou com a presença do governador Wilson Martins e dos secretários de Educação e Administração. A comissão de negociação dos Trabalhadores em Educação, em sua composição, contou, entre outros membros, com a professora Odeni Silva, Presidente do SINTE-PI e com o professor João Correia, diretor de assuntos educacionais do SINTE-PI e Presidente do Conselho do Fundeb.

Na proposta apresentada pelo Governo, este assume o compromisso de pagar os 22,23% em quatro parcelas, até o mês de outubro, dentro do seguinte cronograma: Em maio a categoria recebe 8% de reajuste, 2% em junho, outros 2% em agosto e 10,23% em outubro.

Também ficou delineado que o reajuste será linear para todas as categorias, ao contrário do projeto que foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, no qual os 22,23% seriam pagos apenas para as classes A e B e as demais classes teriam um reajuste de 8%, o que destruiria o Plano de Carreira da categoria, pois diminui acentuadamente a diferença entre o que ganha um professor sem formação superior e outro com doutorado, por exemplo.

Para a professora Odeni Silva, a proposta oficial só veio confirmar o que o SINTE-PI afiança desde o começo do movimento paredista em fevereiro, destacando que: “...o governo sempre teve condições de pagar o piso, no entanto, sempre endureceu a negociação. Vamos apresentar a proposta na segunda-feira(7) e a categoria decidirá soberanamente se mantém o movimento ou retorna à sala de aula”.