Dr. Valrian Feitosa

Dr. Valrian Feitosa
Médico cirurgião cardiovascular e cirurgião geral. Formado em Medicina pela Universidade Federal de Campina Grande (PB) com residências em Angiologia e Cirurgia Vascular pela Escola de Saúde Pública do Ceará e em cirurgia gerel pela UFPI

DIABETES E DOENÇA VASCULAR

 

 

O diabetes melliuts afeta de 2 % a 5% das populações ocidentais . 40 % a 45 % de todos os amputados de membro inferior são diabéticos . Amputações maiores são dez vezes mais frequentes em diabéticos com doença arterial periférica do que em não diabéticos  com o mesmo acometimento . A claudicação intermitente ( dor na panturrilha ao andar ) evolui com gangrena com maior frequencia nos diabéticos que evoluem para amputação mais precoce .

A doença vascular periférica , diabetes , doença cardíaca e neurorógica  estão intrinsicamente ligadas . Particularmente afetam muitas vezes o mesmo indivíduo em períodos de vida muito próximos , ou seja , na velhice ou próximo dela . As sequelas e estigmas vão muito além do aspecto físico , elas refletem muitas vezes no social e cultural . Um amputado tende a se excluir socialmente , perde o vigor a autonomia da própria vida . O diabetes não escolhe classe social , porém na classe pobre e desfavorecida , especialmente no SUS que faz suas maiores vítimas . As clínicas de Hemodiálise  - outro problema que o diabetes causa , ou seja , parada da função renal , multiplicam se pelo país afora enquanto que os serviços de transplantes renais têm sua capacidade reduzida e que não atendem a demanda .

O infarto agudo do miocardio  atinge a população diabética  com uma característica singular , a de poder não provocar dor . O  AVC ( acidente vascular cerebral ) tem sua incidência aumentada , pois as principais arterias que levam sangue para o cerebro ( arterias carotidas )  podem ficar acometidas por  placas de gordura . A obesidade , sedentarismo e consumo exagerado de alimentos ricos em calorias   são os principais fatores de risco para o diabetes .

O tratamento , no entanto , parece estar longe de uma solução , pois a doença praticamente é incurável , incidência crescente e os serviços médicos são despreparados para lidar com essses pacientes  e até hoje as campanhas de conscientização são pequenas e não atingem o púplico alvo .