Dr. Valrian Feitosa

Edgar Rocha
Bacharel em Comunicação Social (Jornalismo)_UFPI e graduado em Letras pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Pós-graduado em Comunicação e Linguagens (UFPI), com atuação na área de educação e no jornalismo impresso, on line, e no rádio. (86) 8836 6357 / 9966 9377

BOA NOTÍCIA! Brasil começa testes humanos com células-tronco para cura do diabetes.

Surgiu uma esperança para cerca de 12 milhões de pessoas portadoras do Diabetes no Brasil, doença degenerativa ocasionada pelo acúmulo de glicose (açúcar) no sangue pelo não funcionamento do pâncreas. Este órgão é o responsável pela sintetização da glicose para produzir a insulina, uma ‘enzima’ que facilita o consumo de proteínas pelas células com posterior transformação em energia.
Como o pâncreas não funciona, as proteínas da glicose não são consumidas pelas células e termina saindo pela urina, forçando os rins a trabalharem mais. (Daí o motivo das pessoas urinarem com o sabor doce).
Segundo os pesquisadores do Hospital das Clínicas de Ribeirão Presto, interior de São Paulo, nas pessoas com o Diabetes do tipo 1, aquela que o indivíduo já nasce com ela ou adquire ainda na infância, apenas 30% do pâncreas continua funcionando sendo necessárias injeções diárias de insulina para garantir a sobrevivência dos portadores.

A do tipo 2, teoricamente mais fraca, mas que se agrava pela falta de controle adequado pelos doentes, termina trazendo as mesmas complicações para os portadores.
A novidade é que no Brasil começaram a serem feitos testes em humanos com o uso de células-tronco com o objetivo de reconstituir as células perdidas do pâncreas. Os testes estão sendo realizados com 30 voluntários do Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto.
A técnica consiste em retirar células-tronco da medula óssea da pessoa portadora da doença e depois congelá-las a -192ºc ( 192 graus negativos) no hidrogênio.
Os pesquisadores explicam que as células-tronco são aplicadas no pâncreas do indivíduo para que as células mortas sejam reconstituídas pelo órgão, que passará a produzir insulina. Em animais os resultados foram animadores, agora os testes parecem ter as mesmas respostas em seres humanos. Segundo uma das pesquisadoras, a ideia primeira é retirar a imunidade do indivíduo, para que com o novo funcionamento, o órgão possa voltar à normalidade.
Segundo os médicos, o indivíduo com alta taxa de glicose no sangue diminui a imunidade do organismo, ficando vulnerável a qualquer tipo de doença e com difícil cura, com dificuldade de cicatrização levando a mutilações, perder os rins que trabalha muito para sintetizar glicose para levar até a urina, e ficar cego por causa do glaucoma.
O glaucoma, segundo os médicos, é causado pelo ressecamento do nervo ótico porque o sangue não chega até o globo ocular, ocasionado pelo entupimento dos capilares, que são veias muitos finas (com a espessura de fios de cabelo) que regam este órgão. O açúcar se cristaliza nos capilares e impedem a circulação do sangue.
Segundo os endocrinologistas, uma pessoa normal possui taxa de até 90 ml/mg. Por isso, o portador de diabetes deve controlar e manter a glicose girando em torno de pelo menos 110 ml/mg para não ter complicações com a idade.